4 de novembro de 2014

Estado lança campanha contra aftosa e prepara suspensão da vacina em 2016


Norberto Ortigara inicia vacinação contra a aftosa no Paraná
FONTE: JPC

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) lançaram a 2ª etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa, que encerra dia 30 de novembro. Deverão ser vacinados cerca de 9,4 milhões de cabeças de bovinos e de búfalos de todas as idades. A vacinação é obrigatória e, a partir deste ano, a multa está mais elevada para quem deixar de vacinar o rebanho e também de comprovar junto à Adapar.


O lançamento da campanha, ocorrido em Curitiba, foi marcado pela expectativa de suspender a vacinação do rebanho paranaense, a partir de 2016, após quase cinco décadas de campanhas consecutivas, com elevados investimentos do Governo do Estado em estrutura de fiscalização e de custos com vacinas.

O objetivo do Paraná é conseguir o reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) de área livre de febre aftosa, sem vacinação.

O secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, acredita que a última campanha de vacinação poderá ocorrer em novembro de 2015. Além da febre aftosa, Ortigara anunciou que também em 2016 o Paraná deverá obter o reconhecimento de área livre de peste suína clássica. Segundo Ortigara, com esse status, o Paraná poderá acessar mercados de países mais atraentes e que pagam melhor no mercado internacional, como Japão e Estados Unidos.

Multa
A Adapar informa que, a partir de novembro, o valor da multa para o produtor que não vacinar e não comprovar a vacinação está bem mais alta em relação às campanhas anteriores. O objetivo não é multar, disse Inácio Kroetz, mas fazer com que o produtor se conscientize da obrigação e manter o rebanho imunizado.

Nas propriedades com até 10 animais, a multa será de R$ 752,00, independente se apenas um animal não foi vacinado. Nas propriedades com mais de 10 animais, a multa vai incidir no valor total – R$752,00 – mais R$75,28 por animal não vacinado. Essa mesma penalidade será aplicada para quem não comprovou a vacinação, que atualmente pode ser feita pelo sistema on-line no site da Adapar –www.adapar.pr.gov.br. 

Novas medidas
No lançamento da campanha de vacinação contra febre aftosa, os dirigentes das principais entidades que representam produtores e indústrias debateram qual o caminho a seguir para que o Paraná tenha o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação.

Entre os pontos favoráveis listados pela Adapar estão os bons indicadores epidemiológicos que dão o suporte para a mudança de estratégia no Paraná. Entre eles está à falta de circulação viral da doença nas Américas, há pelo menos dois anos e meio, e o fato de o Estado não registrar foco da doença desde 2005. De lá para cá, o Governo do Estado investiu na criação da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), uma estrutura ágil e moderna para atacar os pontos mais vulneráveis e necessários para o controle da doença.

Segundo Ortigara, para que o controle da sanidade no Estado seja mais transparente, conforme as exigências internacionais, falta pouco, como a conclusão das contratações por meio de concurso público, processo em curso, assim como aumentar o controle do trânsito de animais, estratégia que vem sendo traçada.

“A reunião de tem o objetivo de conclamar a todos para um pacto como cumprir de forma consciente a obrigação de vacinar o rebanho até novembro de 2015”, disse o secretário, ressaltando que a Seab e Adapar vão concentrar esforços para a reestruturação dos postos fixos nas divisas com os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, um projeto que está sendo traçado junto com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

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