9 de fevereiro de 2018

Policiais rodoviários estaduais são flagrados recebendo dinheiro de motoristas no Paraná;


Do G1/PR
Policiais rodoviários estaduais do Paraná foram flagrados cobrando e recebendo dinheiro de motoristas que passavam pela rodovia PR-182, região de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado.
Um vídeo divulgado nesta quarta-feira (7), foram feitos por investigadores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) a partir de câmeras escondidas no carro usado pelos policiais, por uma agente inflitrado em ônibus de sacoleiros e durante fiscalização.

Nas imagens, é possível ver os policiais tirando o dinheiro da própria farda e guardando no boné da corporação. O resultado da contagem agrada a um dos policiais. "Deu bom o plantãozinho, hein?".
Os vídeos juntados às investigações mostram também a atuação dos policiais na rotina diária de fiscalização.

Uma policial, por exemplo, aborda o carro de uma empresa, por algum tempo, conversa com o motorista e confere documentos. Depois, coloca a mão para dentro do carro e guarda o que, segundo o Ministério Público, é dinheiro.

Ela também para um ônibus de sacoleiros - que tinha um investigador infiltrado, filmando tudo. Em poucos instantes, a policial libera o motorista e guarda a propina, segundo os investigadores.

Todos os agentes que aparecem nas imagens foram presos na Operação “Manus Capio”, deflagrada na terça-feira (7) pelo Gaeco, e seguem detidos na Corregedoria da Polícia Militar (PM), em Curitiba. Ao todo, 14 foram detidos. Eles podem responder pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio do bem público para benefício próprio) e organização criminosa.

Investigação

A investigação do Gaeco começou há oito meses e partiu da denúncia de um adolescente, flagrado pelos mesmos policiais do posto quando transportava cigarros falsificados.
No despacho em que determinou as prisões, o juiz da Vara da Justiça Militar Estadual afirmou que "é inadmissível que agentes públicos que deveriam estar exercendo suas atividades em prol da segurança da sociedade (...) estariam, na verdade, contribuindo ativamente para a prática de crimes gravíssimos".


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